Um fulano desconhecido, vindo talvez do nada, não sei de onde e sem qualquer razão aparente, assalta-me! Prostra-me violentamente com uma conversa futebolística. Não sei por que o faz, certo é que parte do princípio (talvez ingenuamente) de que eu também sou um amante (fanático?) do futebol. Não sei o que dizer a este (pobre?) homem, pois não penso nem actuo futebolisticamente. Nada profiro, nada afianço, remeto-me ao silêncio, limitando-me a um simples acenar da cabeça, oiço as suas opiniões (escabrosas? Energúmeno, eu?). As suas aflições, as suas tácticas, os seus problemas (do clube claro está!), as suas preocupações entre tantas outras coisas envoltas nas quatro linhas do campo, confinadas a um único plano de cor esverdeada. Não arrisco, oculto ainda a minha opinião sobre o assunto, não me comprometo, não arco ainda mais com as consequências (que não posso medir). São tremendas, são demasiado pesadas, o fantasma persegue-me! Talvez tenha algum defeito físico, sinceramente não sei, talvez até me falte algum lóbulo cerebral. Pois, não consigo reagir como a maior parte dos comuns mortais, a estas coisas do futebol. Nada me diz, antes pelo contrário: aborrece-me, de certo modo até me prejudica. O homem, não se apercebe, está convencido de que está a dialogar, embora na verdade não passe de um monólogo. Não o confronto, não lhe goro as expectativas, não entro em guerras… Ainda tenho a esperança de que se canse, que se farte de falar, mas este é dos duros, nada o demove e nem sequer o meu silêncio, o detêm!
Vêm-me agora à memória reminiscências da minha meninice, jogos de futebol improvisados, no tempo em que se jogava apenas e ponto final. Tempo em que o “fora de jogo” não existia (ou pelo menos para mim) e que era chamado ingenuamente por “estar à mama”.
Não tenho formação, não tenho formação para falar com este tipo! Sei resolver equações de segundo grau, mas impiedosamente não consigo manter uma conversa com este tipo! Fico estarrecido, fico preocupado, atormentado. Mas que raio posso eu fazer? Formação genérica do mundo do futebol? Existirão cursos desses? Nahh… Provavelmente não!
Vêm-me agora à memória reminiscências da minha meninice, jogos de futebol improvisados, no tempo em que se jogava apenas e ponto final. Tempo em que o “fora de jogo” não existia (ou pelo menos para mim) e que era chamado ingenuamente por “estar à mama”.
Não tenho formação, não tenho formação para falar com este tipo! Sei resolver equações de segundo grau, mas impiedosamente não consigo manter uma conversa com este tipo! Fico estarrecido, fico preocupado, atormentado. Mas que raio posso eu fazer? Formação genérica do mundo do futebol? Existirão cursos desses? Nahh… Provavelmente não!
Análise do senhor provedor Américo Baptista:
Não tem formação? Como pode dizer uma coisa
dessas? Mas o Sr. não vê notícias? Qualquer cidadão com a inteligência média de
um europeu consegue ter uma licenciatura em futebol, são 15 minutos todos os
dias nas notícias, ora isso dá muito tempo ao longo da vida.
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