Avançar para o conteúdo principal

Crónicas Avulsas:0001 - “Color Run”


Color Run” ou traduzindo para a língua em que esta cronica é feita - “corrida da cor”. À primeira instância pode até parecer uma corrida gay (com o devido respeito com as opções de cada um e que me perdoem o estrangeirismo, pois não encontro palavra em português que não me comprometa em guerras), com tanta cor à mistura. Levar com tinta colorida nas ventas e na roupa, todos juntos e agarrados uns aos outros com a maior felicidade do mundo. Não será muito de homem…
Bom, nem tudo o que parece é! Faltava mesmo a música “Take My Breath Away”, aí não haveria margens para dúvidas…
Mas o que se passa com esta gente? Ser bombardeado com tinta no focinho, numa histeria coletiva. Isto não é nada racional, nem racional, nem sequer artístico. É, e dizendo em boa verdade sem medo de quaisquer represálias – PARVO! Sim, repito PARVO! Se eu ou qualquer pessoa dentro dos normais padrões da normalidade se lembrasse de tal evento, chamar-lhe-iam automaticamente de: tolinho, parolo, idiota, toino ou até mesmo labrego.
Numa altura em que tanto se fala de ecologia, em que se procuram soluções para minimizar impactos, vêm-me estes tipos com uma ideia brilhante: vamos fazer uma corrida em que se leva com tinta no focinho e borramos a rua toda. Não sei se as tintas são ou não ecológicas. No entanto estou certo de que será este o argumento alvitrado pelos organizadores quando confrontados com a questão ecológica. E a quantidade de água gasta para limpar aquela porcaria? Ou será que vai ficar assim? É que se assim ficar, todos teremos carta-branca para borrar a rua como entendermos…
Não será tudo isto uma forma inteligente e encapuçada de vandalismo? Provavelmente o mentor de tudo isto, seria um grafiteiro (é verdade temos uma palavra em português – facto que desconhecia) de rabiscos (porque grafitis bem feitos são arte) em parede.
O que se vai seguir depois de uma “Color Run”, uma “Shit Run”! Correr e ser bombardado com merda nas ventas? Talvez fosse mais ecológico! Pelo menos biológico era…

       O Campos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Eletrão à mesa…

  Situado no centro histórico da cidade Berço, num antigo palacete do século XVII, o restaurante Covil do Eletrão apresenta uma ampla sala que se traduz num espaço elegante e de requinte. Paredes avermelhadas, teto bordejado por efeitos e pinturas à época pontuadas por candelabros de cristal e móveis de época contrastam numa perfeita simbiose que se funde com o rude e austero do eletrão transportando o freguês para um conceito arrojado e inovador de oportunidade única. Reza a história de que neste espaço passaram 30 eletrões dos quais um teve o papel fundamental na redefinição deste espaço tal como hoje conhecemos. Resultado de um ato disruptivo e de uma euforia característica de si mesmo, este Messias surripiou uma taça grande de metal à qual introduziu vinho para grande gáudio dos demais, partilhando assim o precioso néctar entre os eletrões e transformando num ritual que dura até aos dias de hoje. Apesar de todo o festim nem tudo corria de feição pois no seio dos eletrões havia u

Comunicado:0001

Tenho vindo a constatar nos últimos meses de que algo de estranho se passa no reino animal. Não sei qual a verdadeira razão, qual o motivo, mas o certo é que as aves, nomeadamente os pássaros apresentam os seus reflexos a um nível diminuto. É frequente, por pouco não atropelar um melro, um pardal, ou mesmo uma rola, pois estes permanecem pousados na estrada até ao último milésimo de segundo. Por vezes, ainda, praticam um voo rasante que por pouco não “atropelam” o nosso carro. A minha proposta seria que se abrisse uma espécie de fórum onde se debatesse algumas respostas possíveis à questão levantada. Para tal, podem deixar alguns comentários.

Colecionismo representado: 0011

Local: Guimarães, Portugal Coleção temática de outdoors  de propaganda musical Foto gentilmente cedida pelo sr. Armando Silvério. A análise do senhor provedor senhor Américo Baptista: O Sr. Silvério tem coleções sobre temas que não lembram a mais ninguém.