“Color Run” ou traduzindo para a língua em que esta cronica é feita - “corrida da cor”. À primeira instância pode até parecer uma corrida gay (com o devido respeito com as opções de cada um e que me perdoem o estrangeirismo, pois não encontro palavra em português que não me comprometa em guerras), com tanta cor à mistura. Levar com tinta colorida nas ventas e na roupa, todos juntos e agarrados uns aos outros com a maior felicidade do mundo. Não será muito de homem…
Bom, nem tudo o que parece é! Faltava mesmo a música “Take My Breath Away”, aí não haveria
margens para dúvidas…
Mas o que se passa com esta gente? Ser bombardeado com tinta no
focinho, numa histeria coletiva. Isto não é nada racional, nem racional, nem
sequer artístico. É, e dizendo em boa verdade sem medo de quaisquer represálias
– PARVO! Sim, repito PARVO! Se eu ou qualquer pessoa dentro dos normais padrões
da normalidade se lembrasse de tal evento, chamar-lhe-iam automaticamente de:
tolinho, parolo, idiota, toino ou até mesmo labrego.
Numa altura em que tanto se fala de ecologia, em que se procuram
soluções para minimizar impactos, vêm-me estes tipos com uma ideia brilhante:
vamos fazer uma corrida em que se leva com tinta no focinho e borramos a rua
toda. Não sei se as tintas são ou não ecológicas. No entanto estou certo de que
será este o argumento alvitrado pelos organizadores quando confrontados com a
questão ecológica. E a quantidade de água gasta para limpar aquela porcaria? Ou
será que vai ficar assim? É que se assim ficar, todos teremos carta-branca para
borrar a rua como entendermos…
Não será tudo isto uma forma inteligente e encapuçada de
vandalismo? Provavelmente o mentor de tudo isto, seria um grafiteiro (é verdade
temos uma palavra em português – facto que desconhecia) de rabiscos (porque
grafitis bem feitos são arte) em parede.
O que se vai seguir depois de uma “Color Run”, uma “Shit Run”!
Correr e ser bombardado com merda nas ventas? Talvez fosse mais ecológico! Pelo
menos biológico era…
O Campos.
Comentários
Enviar um comentário